Relato de viagem: Casa de Anne Frank em Amsterdam – Todas as dicas para visitar

Visitar a Casa de Anne Frank em Amsterdam é um dos passeios mais emocionantes e essenciais para se fazer na cidade. A história real da jovem cujo diário virou um livro, mostra uma outra perspectiva da 2ª guerra e do nazismo, cujo cenário em Amsterdam nem todo mundo conhece.

Para quem não leu o livro, o “Diário de Anne Frank” conta a história de Anne, jovem de família judia que ficou escondida por anos, no sótão de uma casa em Amsterdam, fugindo do nazismo.

A história, real, é contada através do diário da própria Anne Frank durante a 2ª Guerra, que mostra o ponto de vista dessa menina (que ao longo dos anos escondida, virou adolescente) desse triste capítulo da história mundial.

Se você nunca leu o livro e vai para Amsterdam, recomendo muito que leia antes de ir! Irá mudar sua perspectiva da cidade e da própria visita ao local.

A casa de Anne Frank existe até hoje e virou esse lindo museu/memorial. Durante toda a visita aos andares do edifício que abrigou a família escondida, você fica margeando ao mesmo tempo a história mundial, bem como se aproxima intimamente da história daquelas pessoas. É muito emocionante. Veja mais sobre a visita e como ir abaixo!

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Casa de Anne Frank em Amsterdam: Veja como visitar

1-) Onde fica a Casa de Anne Frank e como chegar

A Casa/Museu de Anne Frank fica localizada no centro de Amsterdam, nas margens do canal Prinsengracht, no bairro de Jordaan.

A entrada no museu, fica no endereço exato Westermarkt 20. Da estação central, são cerca e 20 minutos de caminhada e da praça Dam (a principal de Amsterdam) são cerca de 10 minutos.

Dá para chegar aqui também de barco ou de bonde, já que há estações bem próximas do local.

O bairro de Jordaan é um dos mais lindos da cidade, por isso, antes ou depois da visita ao museu, procure passear pelo bairro, vendo seus canais, edifícios e diversos bares e restaurantes charmosos.

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2-) Ingresso para a Casa de Anne Frank

Praticamente 1 milhão de pessoas, todos os anos, visitam a Casa de Anne Frank, por isso antes de ir, vale comprar a entrada em horário reservado, com antecedência. No site da Casa de Anne Frank é possível comprar e reservar o ingresso online.

Não são mais vendidos ingressos pessoalmente no museu, por isso a compra deve ser feita mesmo online. A demanda de ingressos é tão grande que toda primeira terça feira de cada mês, todos os ingressos do mês ficam disponíveis. Por isso, se planeje para adquirir os ingressos com esse mês de antecedência.

O valor do ingresso é de 14 euros para adultos, 7 euros para jovens de 10 a 17 anos e 1 euro para crianças de 0 a 9 anos. Importante dizer que há uma taxa de 1 euro para compra dos ingressos online.

Quem quiser se aprofundar mais na história de Anne Frank e visitar mais outros lugares citados no livro, há um Tour da Anne Frank pelo bairro judeu, feito inclusive em Português.

No tour, se conhece melhor a relação entre o regime nazista e a cidade holandesa, passando por atrações como o Museu Histórico Judeu, a sinagoga portuguesa, o Monumento a Auschwitz até chegar a Casa de Anne Frank.

É também um ótimo passeio para quem não conseguir um ingresso ou prefere não visitar a casa, mas entender melhor a relação de Amsterdã na 2ª Guerra Mundial.

+ Tour de Anne Frank pelo bairro judeu de Amsterdam

2-) Como é a visita na Casa

A exposição mostrando a história de Anne e sua família, da guerra e do nazismo em Amsterdam, se dá em diversos andares pelo edifício, onde a família ficou escondida por muitos anos.

O prédio, real, era onde funcionava a antiga empresa do pai de Anne Frank, o Sr. Otto Frank. O museu hoje é formado pelo edifício principal e o anexo onde ficou a família, que além da exposição, abriga um café e uma livraria.

Toda a visita é guiada com um áudio guide gratuito retirado logo na entrada e com opção de português. Na parte do térreo e primeiro andar era onde ficava a empresa do pai de Anne e a exposição é bem interativa, sobre a história do lugar e da guerra.

A parte mais emocionante, no entanto, é quando se entra no esconderijo, no anexo onde a família ficou escondida por muitos anos. Para quem leu o diário, torna-se ainda mais emocionante, pois se visualiza ao vivo, a passagem secreta por de trás de uma estante de livros, onde todos ficaram escondidos.

Aqui é tudo muito pequeno: da íngreme e estreita escada de acesso, até os cômodos onde viveram as 8 pessoas, entre elas Anne Frank. Com janelas escurecidas, para não dar qualquer pista que alguém vivia ali, é duro pensar como aquelas pessoas passaram lá mais de 2 anos, em condições extremas, sob risco e medo constante.

O quarto onde ficava Anne, é um dos cômodos mais importes e tocantes, já que quase tudo foi preservado, como as paredes, na qual colava pôsteres de artistas que gostava, como qualquer boa adolescente.

O diário, original, também é mostrado, bem como objetos dos demais moradores. Vale reservar pelo menos 1 hora lá dentro para fazer a visita.

Para quem não sabe, dois anos depois de escondidos, uma denúncia anônima foi feita, ocasionando na descoberta dos 8 moradores, poucos meses antes do final da guerra. Todos, inclusive Anne Frank, foram levados a um campo de concentração, no qual somente o pai de Anne, Otto Frank sobreviveu.

Otto voltou ao local depois do final da guerra e descobriu então que toda sua família tinha morrido, mas o diário de Anne, escrito durante todos aqueles anos escondidos, tinha sido deixado no local.

Depois de algum tempo, o pai resolveu publicar o diário e criar o museu, como forma de combate ao preconceito e a guerra, que o fez perder sua família. Relembrando e aprendendo com o passado é que podemos mudar o futuro, essa é uma das mensagens principais do museu.

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3-) Horários de visita e mais dicas para conhecer

– Não é possível tirar fotos dentro da casa.

– A atração não é recomendada para menores de 10 anos, dada a profundidade e densidade histórica, porém pais e responsáveis podem levar crianças de qualquer idade.

– A questão da mobilidade é um problema no local, já que inclui muitas escadas íngremes, especialmente na área do sótão onde ficou Anne. Por isso, quem tem problemas de mobilidade provavelmente irá ter dificuldade para fazer a visita.

– O cartão I Amsterdam City Card não possibilita entrada no museu, nem dá desconto.

– O único canal de vendas de ingressos é o site oficial da Casa de Anne Frank. Caso não possa ir na data e horário reservado eles não fazem reembolso.

– Para conseguir um ingresso, entre logo cedo no site, na primeira terça feira do mês que irá visitar o local. Caso não consiga um ingresso, como falamos acima, recomendamos o tour de Anne Frank pelo bairro judeu que passa pela casa e outros locais históricos de Amsterdã.

– Os horários para visita são todos os dias das 9h às 22h, com algumas exceções, sendo: dia 27/08 aberto só das 13h às 22h, fechado totalmente dia 05/10 (feriado de Yom Kippur) e nos dias 25 e 31 de dezembro, funcionamento das 9h às 17h.

Realmente pode ser difícil conseguir um ingresso, mas quem puder conhecer a Casa de Anne Frank, provavelmente fará um dos tours mais bonitos e emocionantes da sua vida. Vambora?

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