Roteiro Cultural: 28ª bienal de arte de São Paulo – Quem consegue lidar com o vazio?

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28ª Bienal de Arte de São Paulo. Foto Caio, albúm Flickr

O vazio. Pois este é o termo que mais se encontra ao se perguntar sobre o conteúdo da 28ª Bienal de Arte Contemporânea de São Paulo. Com muito menos obras e estruturas à mostra, e com um clima de “foi o melhor que pôde ser feito, com a grana e o tempo que nos foi dado”, esta edição busca a reflexão sobre a arte produzida no mundo atualmente e inclusive sobre a história da própria instituição – com direito à biblioteca e mostra de vídeos.

Apesar dos comentários sobre a crise da própria Fundação Bienal e da ingenuidade do curador Ivo Mesquita ao desenvolver o tema deste ano, ela apresenta boas obras e – para quem quiser olhar de perto – um conteúdo muito interessante e pertinente com as questões envolvendo a arte, a instituição e a cidade.

Tendo como tema a expressão “Em vivo contato”, logo na entrada se apresenta como uma exposição interativa. Entra-se pelo piso-praça, pensado como se fosse uma extensão do Parque Ibirapuera, local em que a maioria das obras acontece no tempo, com eventos de dança e performances. Ao subir para o segundo andar, o espaço expositivo vazio, passa a se confundir com o seu entorno, reforçando o conceito de uma Bienal aberta para a cidade. A ausência de obras expõe a arquitetura, o parque, a cidade e as pessoas.

Conteúdo altamente reflexivo!

Como sempre, grandes nomes como Marina Abramovic (célebre performer artist) e Carsten Roller (autor do famoso tobogã) endossam esta Bienal. Mas quem procura obras de encher os olhos com certeza sairá decepcionado. Apesar da presença de trabalhos como as belíssimas video-instalações de Eija Liisa Ahtila e as gravuras de teor introspectivo da brasileira Leya Mira Brander, o teor altamente conceitual predomina no terceiro andar, local em que se concentra a maioria das obras. A maior parte do grande poder estético de trabalhos como a maravilhosa enciclopédia do mexicano Erick Beltran acontece no campo das idéias.

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Escorregador de Carsten Roller. Foto Antonio Carlos Castejón, albúm Flickr

Obras para pensar!

Uma estratégia da curadoria para exaltar o caráter de pesquisa e introspecção da 28ª Bienal, levando em conta toda a história da instituição, que há tempos necessita de uma renovação. Como resposta a esta questão, fica em evidência o incentivo da produção artística por parte do público a partir da interatividade de obras como a de Armin Linke e da brasileira Rivane Neuenschwander. Imperdível, além da exposição, é a oportunidade de se expressar por meio da arte!”

F. Maiquali
Renomado jovem crítico desconhecido 🙂

Esse texto foi feito por um grande amigo meu, que já viu essa 28ª bienal mais do qualquer pessoa que eu conheça!

Agora, depois de lê-lo, eu tenho uma pergunta para você: Vambora visitar a Bienal no feriado?! Só se for agora! Vambora!

+ informações: www.bienal.org.br. De 26/10/2008 a 06/12/2008. Terça a Domingo, das 10h as 22h/ Parque do Ibirapuera, Portão 3

*** Veja também:
– 10 programas legais para se fazer sempre em São Paulo

– Razões para, ainda, amar São Paulo
A incrível viagem pela sua própria cidade

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3 COMENTÁRIOS

  1. Fui na Bienal outro dia e achei bem legal!
    Curti bastante as exposições na parte de baixo, principalmente com as performances de dança entrando no prédio.
    E nao sei se sei lidar com o vazio nao! Dá uma sensação estranha aquilo, mas nao deixa de ser interessante!
    Mto bom o texto ai! Falou tudo!
    Valeu!!!

  2. Muito bom o texto mesmo! parabéns Sr. F. Maiquali
    “Renomado jovem crítico desconhecido”…

    Ainda pretendo visitar a bienal esse ano..quem sabe, além do vazio, encontro outras coisas interessantes… vambora Guta?

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